terça-feira, 19 de outubro de 2010

ENTRE O SONHO E A ESPERANÇA: RESISTÊNCIA ANTI-COLONIALISTA GUINEENSE NA CONQUISTA DA INDEPENDÊNCIA (1956 A 2004).

Autora:CECÍLIA MARIA DAMASCENO DOS SANTOS.
Orientador:EVA MARIA MACÁRIO.

INTRODUÇÃO

Analisando os conflitos no Continente africano especificamente no caso de Guiné-Bissau, buscamos uma compreensão no seu processo de resistência anti-colonialista.Procuramos em sua essência aprofundar-se no processo de aquisição e formação política no processo de descolonização, formação dos movimentos nacionalistas e a luta para a independência passando por conflitos civis instalado no ano de 1973 aludindo a consequentes problemáticas. A luta política guineense reforçou e contribuiu na construção e auto-afirmação da identidade cultural, tendo como Amilcar Cabral um mártir na história, alicerçado na ideologia marxista. Analisando as divergências étnicas dentro da composição do próprio país, e a discussão sobre gênero, no que se refere à participação da mulher guineense quanto a sua posição no espaço sociocultural, guerra civil e seus impactos na sociedade. A pesquisa analisará o período decorrente aos anos de 1956 a 2004.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Fazendo uso da teoria do historiador, economista, filósofo e socialista alemão, Karl Marx, propôs a construção de uma nova sociedade,permitindo aos movimentos nacionalistas a homogeneidade,com os ideais marxistas. Analisando o contexto a sociedade capitalista,para Marx,o proletário, seria a única força para a construção de uma nova sociedade, socialista. A ideologia marxista inspirou vários lideres para o processo de libertação nos países africanos a revolução vista nos países de terceiro mundo que se caracterizavam como comunista e seus líderes desenvolviam o socialismo inspirado por Lenin e Marx.Com um pensamento socialista influenciador, o pensamento filosófico e social de Marx despertou nos líderes africanistas o desejo de uma estruturação social e política para a construção de um Estado igualitário entre as classes. 

METODOS 

Através de pesquisas em livros e sites destinados na garantia e preservação da memória de Guiné-Bissau,com a exposição de artigos para a promoção de debates e opiniões no site http://www.didinho.org,promovendo a interação acadêmica,temáticos africanistas e conversas informais com guineenses para a compreensão da história do país,palestras com os temas voltados para a pesquisa.

RESULTADO E DISCURSSÃO

A entrada dos portugueses no continente africano desencadeou um processo de exploração continua das colônias africanas, ocasionando vários conflitos históricos, sobretudo a luta de resistência anti-colonialista para processo da descolonização da Guiné e Cabo Verde enquadrando-se no fenômeno da descolonização geral da África portuguesa.Guiné-Bissau,contou ativamente com a liderança de Amilcar Cabral,para o processo de luta armada pela independência conquistada em 1973,dando como prova de resistência a própria vida em prol de uma Guiné independente, que só foi reconhecida por Portugal em 1974, após a queda do governo fascista de Marcello Caetano em 25 de Abril, os fatores de resistência para a aquisição da autonomia política de Guiné e Cabo Verde, tendo o PAIGC como o movimento da resistência nacionalista que travou conflitos de cunho político e armado contra o sistema colonialista português. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Com uma proposta libertadora e por que não dizer sonhadora em uma curta vida política, Amílcar Lopes Cabral, um mártir na historia contemporânea idealizou e realizou o movimento nacionalista da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, para o êxito do movimento de luta armada e da independência de ambos os países pertencentes às províncias ultramarinas. Foi preciso onze anos de luta armada que deu a independência a Guiné-Bissau a criação de um Estado novo, onze anos onde a sociedade contribuiu com a própria vida para a libertação seu povo do jugo colonial com intensa luta política, mobilização da população de diferentes etnias à volta de um ideal comum o grande desejo da unidade, luta e progresso. A unidade nacional foi à maior conquista destes onze anos da luta de libertação nacional. Após a independência houve sucessivos conflitos político-militares que se arrastaram até a data presente, culminando com assassinato e golpes de Estado. A transição política partidária entre os anos de 1980/2005, depois de sua morte gerou intensos conflitos com o partido PAIGC.
Palavra-Chave:Guiné-Bissau, Independência, política e democracia.

REFERÊNCIAS:

CABRAL, Amílcar (1975). Arma da Teoria: unidade e luta. In ANDRADE, Mário (org.). Portugal: Seara Nova.
CARDOSO, Carlos (s/d). Revisitando pensamento de Amilcar. Disponível em: http://www.didinho.org. Consultado em 10/03/2010 .
LOPES, Carlos (2004). O legado de Amilcar Cabral face aos desafios da ética contemporânea. Disponível em: http://www.didinho.org. Consultado em 12/03/2010
TEIXEITA, R. J. Dumas. Sociedade Civil e Democratização na Guiné-Bissau, 1994 – 2006.  Disponível em: http://www.didinho.org. Consultado em 03/03/2010
VISENTINI, P. G.Fagundes; RIBEIRO, L. D. Teixeira, ET al 2007. Breve história da África. Porto Alegre: Leitura XXI, 2007.


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